Espiritualizando



Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

Espiritualize-se...

Sábio é aquele que a tudo compreende e nada ignora. Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar.

Nenhum mistério resiste à fragilidade da Luz. Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.



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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Oração Fraternal

Irmão nosso, que estás na Terra, 

Glorificada seja tua vontade, em favor do Infinito bem.

Trabalha incessantemente pelo Reino Divino, com tua 
cooperação espontânea.

Seja atendida a tua aspiração elevada, com esquecimento de todos os caprichos inferiores.

Tanto no lar da Carne, quanto no Templo do Universo.

O pão nosso de cada dia, que vem do Celeste Celeiro, usa com respeito e divide santamente.

Desculpa nossas faltas para contigo, assim como o Eterno Pai tem perdoado nossa dividas em comum. 

Não permitas que a tua existência se perca pela tentação dos maus pensamentos.

Livra-te dos males que procedem do próprio coração.
Porque te pertence, agora, a gloriosa oportunidade de elevação para o reino do poder, da justiça, da paz da glória e do amor para sempre.

Assim Seja!




Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro : "Correio Fraterno" - EDIÇÃO FEB

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Caboclo das Sete Encruzilhadas e Zélio Fernandino de Moraes Contando a História da Umbanda



Caboclo das Sete Encruzilhadas

Deus falando com Você, segundo Spinoza - Vamos Refletir!


Baruch Spinoza (1632-1677)








As palavras abaixo são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século XVII.





        "Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

       Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

       Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.

        Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

         Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

           Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

     Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.

           Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.

       Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.

           Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.
 
           Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse.
 
           Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
 
          E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

           Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.

                Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
 
                Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
 
       Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
 
              Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

                Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."

(Einstein, quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu: "Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens.")

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Olho Gordo


     Nas crianças se chama quebranto, é um esmorecimento geral, um langor, uma quebreira da vontade que toma conta do corpo. Pode dar em qualquer pessoa.
 
    Tem sido atribuído à força do olhar de invejosos ou mal-intencionados. Acontece também que algumas pessoas isentas de inveja tem olhar forte, condição desconhecida as vezes até do próprio dono do olhar.

       Na sociedade primitiva, o invejoso, outro tipo de pessoa de olhar forte, é sempre rejeitado, porque influi no ânimo das pessoas. E fácil conhecer quando acontece o mau olhado. Se ao olharem para nós começarmos a espirrar, ou abrirmos a boca em longos bocejos, sem parar, é sinal de que fomos atingidos.

     Não é de hoje que se temem os seus efeitos. Demócrito mencionava já entre os mediterrâneos essa crença, da qual não conseguira determinar as origens. Aristóteles comentava que o olhar de algumas pessoas podia causar perturbação funesta no corpo e na mente dos fascinados. A história de Medusa, cujo olhar petrificava as pessoas é uma história de mau-olhado.

    Os povos antigos conheciam a figa, símbolo sexual e amuleto, para afastá-lo.
 
      Entre nós, usa-se a figa feita de duas plantas mágicas: de arruda e de guiné para o mesmo fim.

      O mau olhado é força mais branda do que o feitiço e na maioria das vezes não é premeditado. Contra ele, além da figa e da fava-da-inveja que se colocam no pulso ou no pescoçinho das crianças, usam-se as plantas mágicas: a arruda, a guiné, comigo-ninguém-pode e outras; fazem-se os ensalmos e cumprem-se os rituais das simpatias.

     A crença no mau-olhado é universal. A língua dos povos atesta a sua difusão e persistência. E o mal-occhio, o evil eye, o mal de ojo. Entre nós é chamado além de mau-olhado, olho de seca-pimenteira, olho-grande, olho de inveja, olho-mau, maus-olhos.

    No IX livro das Noites Áticas, Aulo Gélio conta que as pessoas da Ilíria podiam matar, estando irritadas, apenas olhando fixamente para o adversário. (In Dicionário de Folclore Brasileiro, de Luís da Câmara Cascudo).

     A mágica de proteção contra o mau-olhado na antiga Grécia era desenhar ou gravar olhos nos objetos, para defender das forças invisíveis do mal. Talvez reminiscência da maga Medusa, uma das Górgonas, de olhos tenebrosos e cujo olhar fazia se transformarem em pedra as pessoas que os fitavam.

     Os amuletos mais populares contra o mau-olhado são: a figa, o corno, a mão cornuda, a meia lua, o corcunda, o elefante. Usa-se também uma fitinha vermelha, amarrada no pulso o ou em torno do pescoço.

       A figa é o mais usado e o mais antigo dos amuletos contra o mau-olhado. Sobrevive nos usos dos povos os mais diversos. Sabe-se que já existia entre os etruscos. E mencionada por Dante, por Shakespeare. Entre os povos da antigüidade, como símbolo fálico, prendia-se aos cultos da fertilidade e da fecundidade. Em Roma era usada no pescoço das mulheres e das crianças, o que provocou o desaprovador reparo de Varrão, de que a figa é a representação do ato sexual, sendo polegar em riste apertado entre o indicador e o médio dobrados, o órgão masculino penetrando o órgão feminino.

      Encontraram-se inúmeras figas nas ruínas de Herculano e de Pompéia. Hoje ela vive um pouco nos folclores de toda a Europa de onde passou para as Américas.

       Autor Desconhecido

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O que Vem a Ser o Bem e o Mal na Ordem Moral e Social?


      Conceituação de Bem e Mal
     Em religião, ética e filosofia, a frase bem e mal refere-se a avaliação de objetos, desejos e comportamentos através de um espectro dualístico, onde numa dada direção estão aqueles aspectos considerados moralmente positivos e na outra, os moralmente negativos. O bem é por vezes visto como algo que implica a reverência pela vida, continuidade, felicidade ou desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o recipiente dos contrários. Por definição, bem e mal são absolutos porque qualquer enunciado moral afirma ser válido, independentemente de quem o faz, e independentemente de qualquer objeto ao qual o enunciado se refira. Por exemplo, "assassinato é moralmente errado" afirma ser um enunciado objetivo visto que não é um declaração sobre o sujeito que o declara. O enunciado também afirma ser absoluto porque implica que assassinato é mau em geral, por contraste com assassinato ser moralmente errado para que uma pessoa o cometa e não para outra.

    Não há consenso se o bem ou o mal são intrínsecos à natureza humana. A natureza da bondade tem recebido muitos tratamentos; em um deles, o bem é baseado no amor natural, vínculos e afetos que se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento pessoal; outro, afirma que a bondade é um produto do conhecimento da verdade. Existem diferentes pontos de vista sobre o porquê do surgimento do mal. Muitas religiões e tradições filosóficas concordam que o comportamento malévolo é em si mesmo uma aberração que resulta da condição humana imperfeita ("A Queda do Homem"). Por vezes, o mal é atribuído à existência do livre arbítrio e da agência humana. Alguns argumentam que o mal em si baseia-se finalmente na ignorância da verdade (isto é, valor humano, santidade, divindade). Alguns pensadores do Iluminismo alegaram o oposto, sugerindo que o mal é aprendido como conseqüência de uma estrutura social tirânica.

     Teorias da bondade moral investigam quais tipos de coisas são boas e o que a palavra "bom" realmente significa no abstrato. Como um conceito filosófico, a bondade pode representar a esperança de que o amor natural seja contínuo, expansivo e abrangente. Num contexto religioso monoteísta, é desta esperança que deriva um importante conceito de Deus—como uma infinita projeção de amor, manifesta como bondade na vida das pessoas. Em outros contextos, o bem é visto como algo que produz as melhores conseqüências na vida das pessoas, especialmente em relação a seus estados de bem estar.

     Origem do Conceito
  Embora todas as linguagens possuam uma palavra expressando bem no sentido de "ter a qualidade certa ou desejável" e mal no sentido de "indesejável", a noção de "bem e mal" num sentido moral ou religioso absoluto não é antigo, e surge das noções de purificação ritual e impureza. Os significados básicos de "ruim, covardemente" e "bom, bravo, capaz" e seus significados absolutos surgem somente por volta de 400 a.C., com a filosofia pré-socrática, Demócrito em particular. A moralidade em seu sentido absoluto solifica-se nos diálogos de Platão, juntamente com a emergência do pensamento monoteísta (principalmente em Eutifro, o qual pondera o conceito de piedade, como um absoluto moral). A idéia é posteriormente desenvolvida na Antiguidade tardia, no Neoplatonismo, Gnosticismo e pelos Pais da Igreja.

   Este desenvolvimento do relativo ou habitual para o absoluto é também evidente nos termos ética e moralidade, ambos sendo derivados de termos para "costume regional" .

      Campos descritivo, metaético e normativo
      É possível tratar as teorias essenciais de valor pelo uso de uma abordagem filosófica e acadêmica. Ao analisar devidamente teorias de valor, as crenças cotidianas não são apenas cuidadosamente catalogadas e descritas, mas também analisadas e julgadas com rigor.

      Existem pelo menos duas maneiras básicas de apresentar uma teoria de valor, baseada em dois tipos diferentes de perguntas que as pessoas fazem:

     •    O que as pessoas consideram bom, e o que desprezam? 

     •    O que é realmente bom e o que é realmente mau?
   
   As duas perguntas são sutilmente diferentes. Alguém poderia responder a primeira questão pesquisando o mundo através das ciências sociais, e examinando as preferências que as pessoas declaram.

    Todavia, alguém poderia responder a segunda pergunta pelo uso do raciocínio, introspecção, prescrição e generalização. O primeiro método de análise é denominado "descritivo", porque tenta descrever o que as pessoas realmente vêem como bem ou mal; enquanto o segundo é denominado "normativo", porque tenta ativamente proibir o mal e valorizar o bem. Estas abordagens descritiva e normativa podem ser complementares. Por exemplo, seguir o declínio da popularidade da escravidão através das culturas é trabalho da ética descritiva, enquanto informar que a escravidão deve ser evitada, é normativo.

   A metaética é o estudo das questões fundamentais a respeito da natureza e origens do bom e do odioso, incluindo a investigação da natureza do bem e do mal, assim como o significado da linguagem avaliativa. A este respeito, a metaética não está necessariamente presa às investigações do que os outros vêem como bom, ou que declaram que é bom.

    Bem comum é o fim a ser atingido pela sociedade humana. Seu conceito foi formulado segundo a Doutrina Social da Igreja na encíclica Pacem in Terris, de 1963 pelo Papa João XXIII: O bem comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana.

    Segundo Dalmo de Abreu Dallari, foi assim formulado pelo Papa João XXIII: "conjunto de todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana". É o fim das pessoas singulares que existem na comunidade, como o fim do todo é o fim de qualquer de suas partes. Ou seja, o bem da comunidade é o bem do próprio indivíduo que a compõe.

    “É impossível que o mal provenha de Deus, uma vez que ele pode ser considerado como o absoluto Bem. Tampouco o mal pode provir de outro poder, pois este, ao efetivar-se, suplantaria o poder divino; uma vez que Deus é onipotente, isto não pode se dar. Diante dessas impossibilidades, Santo Agostinho concebe o mal como privação, ou como movimento em sentido contrário ao Ser, à Criação e à Deus. A alma humana é dotada de livre-arbítrio; assim, pode afastar-se do Criador. Tal afastamento, como movimento de modificação, constitui o mal. Contudo, não é pelo mesmo caminho, isto é, pela escolha humana, que a alma se reaproxima de Deus. A salvação somente pode vir mediada pela graça divina, uma vez que Deus é a única e absoluta fonte de todo bem. O homem é capaz de, por si mesmo, distinguir o certo do errado; mas somente a graça permite ao homem consumar o bem, transformando-o em fato. Esta tese serve para conciliar duas noções aparentemente contraditórias: por um lado, a liberdade de escolha humana e, por outro, a onipotência divina, e o fato dele ser o Bem por excelência”. Sto Agostinho

     Pode-se dizer que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. O mal não é mais um atributo distinto do que o frio não é um fluido especial; um é o negativo do outro. Aí, onde o bem não existe, existe forçosamente o mal; não fazer o mal, já é o começo do bem. Deus não quer senão o bem; só do homem vem o mal. Se houvesse, na criação, um ser predisposto ao mal, nada poderia evitá-lo; mas o homem, tendo a causa do mal em SI MESMO, e tendo, ao mesmo tempo, seu livre arbítrio e, por guia, as leis divinas, evitá-lo-ia quando quisesse.

   Tomemos um fato vulgar por comparação. Um proprietário sabe que, na extremidade do seu campo, há um lugar perigoso, onde poderia perecer ou se ferir aquele que ali se aventurasse. O que faz, para prevenir os acidentes? Coloca, perto do local, um aviso tornando proibido ir mais longe, por causa do perigo. Eis a lei; ela é sábia e previdente. Se, malgrado isso, um imprudente não o tem em conta, e passa além, se lhe ocorre algo mal, a quem pode imputar senão a si mesmo?

   Assim ocorre com todo o mal; o homem o evitaria, se observasse as leis divinas. Deus, por exemplo, colocou um limite à satisfação das necessidades; o homem é advertido pela saciedade; se ultrapassa esse limite, o faz voluntariamente. As doenças, as enfermidades, a morte, que lhe podem ser conseqüentes, são, pois, o fato da sua imprevidência, e não de Deus.

    O mal, sendo o resultado das imperfeições do homem, e o homem, sendo criado por Deus, Deus, dir-se-á, se não criou o mal, pelo menos a causa do mal; se houvesse feito o homem perfeito, o mal não existiria.

   Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado, fatalmente, ao bem: ora, em virtude o seu livre arbítrio, ele não é levado, fatalmente, nem ao bem nem ao mal. Deus quis que fosse submetido às leis do progresso, e que, esse progresso fosse o fruto do seu próprio trabalho, a fim de que, dele, tivesse o mérito, do mesmo modo que carrega a responsabilidade do mal que é o fato da sua vontade. A questão, pois, é saber qual é, no homem, a fonte da propensão para o mal.

      Livre Arbítrio
     Spinoza compara a crença humana no livre-arbítrio a uma pedra pensando que escolhe o caminho que percorre enquanto cruza o ar até o local onde cai. Ele diz: "as decisões da mente são apenas desejos, os quais variam de acordo com várias disposições"; "não há na mente vontade livre ou absoluta, mas a mente é determinada a querer isto ou aquilo por uma causa que é determinada por sua vez por outra causa, e essa por outra e assim ao infinito"; "os homens se consideram livres porque estão cônscios das suas volições e desejos, mas são ignorantes das causas pelas quais são conduzidos a querer e desejar" (respectivamente Spinoza, Ética, livro 3, escólio da proposição 2; livro 2, proposição 48; apêndice do livro 1).

      Schopenhauer, concorrendo com Spinoza, escreve: "cada um acredita de si mesmo a priori que é perfeitamente livre, mesmo em suas ações individuais, e pensa que a cada momento pode começar outra maneira de viver [...]. Mas a posteriori, através da experiência, ele descobre, para seu espanto, que não é livre, mas sujeito à necessidade, que apesar de todas as suas resoluções e reflexões ele não muda sua conduta, e que do início ao fim da sua vida ele deve conduzir o mesmo caráter o qual ele mesmo condena."

     Há filósofos que consideram a expressão "livre-arbítrio" absurda. Hobbes diz que se esse é um poder definido pela vontade, então não é livre, nem não-livre. É um erro categorial atribuir liberdade à vontade. Locke defende a mesma posição:

     Se a vontade do homem é livre ou não? A questão ela mesma é imprópria; e é tão insignificante perguntar se a vontade do homem é livre quanto perguntar se seu sono é veloz, ou sua virtude quadrada: a liberdade sendo tão pouco aplicável à vontade, quanto a velocidade do movimento ao seu sono, ou a quadratura à virtude. Todo o mundo deve rir da absurdidade de uma questão tão peculiar quanto essa: porque é óbvio que as modificações do movimento não pertencem ao sono, nem a diferença de figura à virtude; e quando se considera isso bem, penso que se percebe que a liberdade, a qual é apenas um poder, pertence apenas aos agentes, e não pode ser um atributo ou modificação da vontade, a qual também é apenas um poder. (Ensaio acerca do Entendimento Humano, livro 2, capítulo 21, parágrafo 14)

      Todo ser humano tem o em sua mente a consciência de escolha, o livre arbítrio, pode fazer o bem ou o mal, mas a nenhum maçom é dado o direito de fazer o mal, porque a ele é dado a escolha de pensar racionalmente, portanto sempre fazer o bem. É o que desde o Grau 1 todo o maçom vem se aperfeiçoando para sempre fazer o bem.


         Por Elí José Cesconetto, M.M. (G.'. 32)
        M.'.P.'. Consistório dos Príncipes do Real Segredo Nº 7, Florianópolis – Brasil
          Fonte: http://www.maconaria.net/

          BIBLIOGRAFIA:
          1- Origens da Filosofia Moral – Charles H. Kahn.
          2- Biblia Sabrada Ed. Ave Maria 1965 Genesis - cap 3
          3- Enciclopedia digital – Sto Agostinho
          4- Sites da web.
          5- Rituais do Rito EAA Garu (1 ao 30)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Em Busca da Umbanda Ecológica

    
     Recentemente conversei com um Gestor ambiental, especializado em Eco-turismo (profissional que faz capacitação de trilhas, analisando o impacto ambiental da presença humana nas reservas naturais) que me falou do problema das oferendas religiosas que são feitas nas matas:

        “ - Você caminha por trilhas maravilhosas, em meio a uma natureza exuberante e de repente se depara com restos de uma oferenda, garrafas, copos plásticos, alguidares e velas rolando pelas trilhas, materiais que além de quebrar o delicado equilíbrio da natureza poluem e causam incêndios; as pessoas chegam até a abrir clareiras, cortando espécimes nativas para arrumar espaço para o ritual..."

        Perguntou-me se tínhamos certeza de que os nossos Orixás ficavam felizes com este tipo de homenagem e concluiu:

          “- É mais fácil conscientizar crianças do que religiosos adultos!"

           Confesso que me senti constrangida e defendi a religião dizendo que não são apenas adeptos da Umbanda que fazem oferendas e que atualmente contamos com locais apropriados para este tipo de ritual com funcionários que fazem a manutenção do espaço e mantém a integridade da natureza. Porém senti nesse episódio que o assunto “oferendas” é um ponto delicado e polêmico da doutrina, que move a opinião pública contra a religião e impede que muitas pessoas se assumam como Umbandistas, temendo serem confundidos com “macumbeiros” que maculam espaços naturais e fazem rituais nas esquinas, deixando para trás um material que nunca é retirado.


       Lembrei-me de uma vez, no Poço das Antas, em Mongaguá, que tivemos que tomar muito cuidado com uma infinidade de cacos de vidro, que poderiam ter causado sérios acidentes, de garrafas quebradas que faziam parte de oferendas feitas no local; ou ainda, no final do ano, quando descendo a Serra do Mar pela Rodovia Anchieta, no cruzamento entre as duas pistas, de subida e de descida, vi centenas de garrafas, de velas e de alguidares, restos de oferendas de pessoas que por ali passaram em excursões para trabalhos à beira mar, uma visão deprimente de desordem e sujeira que em nada lembravam algo de sublime ou religioso; e um trabalho deixado numa encruzilhada próxima a minha casa: alguidar, farofa, velas queimadas e uma garrafa de pinga cheia de papeizinhos... Oferenda que ali ficou por semanas e só foi vencida pelo tempo, pois nem o lixeiro e nem o dono da calçada tiveram
coragem de mexer. Sempre que ia à padaria passava por ela e pensava como deve ser chato comprar uma casa na encruzilhada e receber grátis ebós arriados na calçada...

            Olhando por esse lado, a questão das oferendas torna-se um problema. Vivemos num País abençoado, com liberdade de expressão religiosa garantida pela Constituição, marcado pela convivência pacífica entre todas as ideologias, um exemplo para o mundo... Mas se temos direitos também temos deveres de não ultrapassar os limites da liberdade constitucional dos outros. A Umbanda prega a simplicidade e o retorno à Natureza, tem como fundamento o culto aos Orixás e a prática de Oferendas como forma de reverenciá-los. Não podemos transformar reverência em desrespeito. O planeta pede socorro!

            A doutrina deve conscientizar para a responsabilidade de defender e proteger a natureza e as leis do país. É chegada a hora de reavaliarmos as nossas práticas, não questionando o fundamento da oferenda mas o modo como ela é feita, talvez incluindo na obrigação de fazer, seja em pontos de força naturais ou urbanos, a obrigação de retirar os despojos do trabalho dando a eles um fim adequado; ou talvez criando ou freqüentando lugares próprios para os rituais com pessoal de manutenção e segurança onde poderemos calmamente reverenciar as Divindades. Dessa maneira estaremos respeitando o planeta, a natureza, os pontos de forças dos Orixás e os nossos concidadãos.

     A Umbanda é uma religião ainda discriminada e marginalizada porque as pessoas desconhecem e confundem as suas práticas e fundamentos, cabe a nós, os adeptos, passá-la a limpo, defendê-la em sua essência e dar o exemplo de cidadania e respeito. Talvez assim com uma Umbanda Ecológica e coerente, nos próximos censos, ela seja assumida como uma das religiões mais fortes do País.

           Por Rose Fernandes

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Falando de Fé

   
    Na pequena assembléia de gestantes assistidas pela instituição, naquela tarde fria de inverno, uma se destacava.

     Apresentava a barriga enorme, denunciando que logo mais daria à luz. E, contudo, mostrava sinais de inquietação no rosto.

     Terminada a aula breve e fraterna, a atendente, que descobrira os traços de angústia naquela companheira, se aproximou, buscando saber das razões.

        Foi então que a gestante lhe falou que nos próximos dias deveria ter o seu bebê e que estava apavorada. Durante todo o período da gestação se preparara para ter um parto normal.

     Entretanto, há quinze dias, o médico lhe informara, depois de uma ecografia, que seu bebê estava sentado e que somente poderia nascer através de uma cesariana, marcando até a data.

         Ela estava com muito medo. Tinha um terrível medo de cirurgia e, depois, ela desejava o parto normal, para poder atender mais cedo e melhor seus outros filhos menores.

         A atendente a abraçou e conversou com ela longamente. Recordou-lhe as lições que já haviam tido, ali  mesmo, naquela instituição.

        Lições que falavam da fé e do poder da oração. Que ela tentasse a oração, que falasse com seu bebezinho, pedindo que ele mudasse a posição.

     Que falasse com Jesus, o Médico Divino, suplicando auxílio. A gestante olhou meio desconcertada e perguntou: Mas será mesmo que dará resultado?

         Vamos orar juntas, desde agora? Convidou a assistente.

      Naquele dia, quando se despediu para ir para casa, a gestante acariciou a barriga com carinho especial e sorriu, dizendo:

          Eu vou tentar.

        Uma semana depois, ela precisou ser levada às pressas para a maternidade. Na madrugada, a bolsa se rompeu e ela entrou em trabalho de parto, antes da hora assinalada pelo médico para a cesariana.

          Ela teve medo. E agora? O que iria acontecer?

     Chegando ao hospital, atendida de imediato, foi conduzida à sala de parto.

     Para surpresa do médico e alívio da mãezinha, o bebê já mostrava a cabecinha despontando, prestes a nascer.

    Entre risos e lágrimas de surpresa, gratidão e alívio, a gestante deu à luz a um belo garoto, por parto normal, sem dificuldades.

 * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

    Nunca desacredites do amparo de Deus. Haja o que houver, permanece confiando.

       Se tudo estiver contra ti, se o insucesso te ameaçar com o desespero, ainda aí espera a Divina ajuda.

       A lei de Deus é de amor. E o amor tudo pode, tudo faz.

      Quando pensares que o socorro não te chegará em tempo, se continuares esperando, descobrirás, alegre, que ele te alcançou minutos antes do desastre.

      Ora, confia e não deixes de lutar. Deus vela por ti e guarda a tua vida.
 

     Redação do Momento Espírita, com base em fato narrado por voluntária do grupo de gestantes do Centro Espírita Ildefonso Correia (Curitiba/PR), em reunião de avaliação ocorrida em 15.06.2000 e com pensamentos finais colhidos no cap. CXIII, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 10.01.2012.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Fé

  
   "Pensamentos podem ganhar forma e vida semi-inteligente"

     Agora que já sabemos que o universo trabalha para nós quando permitimos, vamos entender como isso funciona. Sabemos que devemos colocar em andamento nossa intenção, depois exercitarmos a concentração para darmos atenção ao nosso objetivo, que certamente deve estar claro em nossas mentes e, em seguida, devemos acionar nossa vontade para dar andamento à prática. Para isso, devemos conhecer alguns fatos irrevogáveis a respeito do mundo invisível.

      Um deles e o mais importante neste caso é a existência de algo que em ocultismo denominamos "formas-pensamento". Vamos tentar entender: um pensamento, quando emitido, provoca uma serie de vibrações nos corpos sutis, ou seja, em nosso corpo emocional e mental, que se propagam em ondas de pensamento.

      Toda vez que pensamos emitimos essas ondas que se unem rapidamente à essência elemental. A essência elemental é uma estranha, fina e sensível matéria que nos rodeia e que dá vida à matéria do plano astral e mental. Ela, por incrível que pareça, tem vida semi-inteligente. Quando emitimos um pensamento, na maioria das vezes carregado de sentimentos, a onda que se propaga se une a uma velocidade descomunal à essência elemental, dando forma e vida aos pensamentos. Daí o nome "forma pensamento".

   A "forma pensamento" possui cor, forma e vida semi-inteligente.     

  Quanto mais claro e definido for esse pensamento/sentimento, maior a força e eficiência do pensamento. A força do pensamento/sentimento, bem como sua repetição, determina sua duração e eficácia. Portanto, cada pensamento emitido produz dois efeitos: primeiro uma vibração radiante, depois uma forma colorida e flutuante. Todo pensamento, quando entra em contato com outro de vibração similar, se fortalece e produz outro pensamento do mesmo tipo. Sempre que nos propomos a colocar em prática a intenção, a atenção e a vontade em direção às nossas metas e objetivos devemos repetir diariamente e determinadamente os exercícios. Com isso, a força do pensamento fica cada vez maior, assim como sua vibração e vida.

    Para criarmos uma forma pensamento bastante eficaz devemos ter o pensamento forte e definido, com cores definidas e animado por um propósito definido.

      Se o pensamento for suficientemente forte, a distancia não faz diferença. Temos um enorme poder em nossas mãos, mas precisamos saber como usá-lo. O universo fará a sua parte, mas somente se você se propuser a fazer a sua.

       Temos que ter bem claro em nossas mentes e corações que as maldições e as bênçãos procuram seu lugar certo para alojar-se e certamente encontram.

        Portanto, se você pretende criar uma realidade de paz e harmonia, alem de realizações constantes em sua vida, tenha pensamentos elevados, de preferência de natureza amorosa e espiritual. E saiba que "formas pensamentos" enviadas a pessoas boas não as destroem, portanto, procure também pensar nos conceitos relativos a inveja, mal olhado e "trabalhos feitos", que só ganham força se a pessoas estiver na mesma vibração. Caso contrario, não têm força nenhuma.

       Pensamentos são coisas e coisas muito perigosas porque são poderosas. Pense nisso e procure fazer diariamente o exercício abaixo:
 
                                          

          
             *Mãos Etéricas: podemos criar Anjos de Luz*

        Coloque uma música suave e acenda um incenso.

      Sente-se em uma posição confortável, feche os olhos e relaxe.

      Procure afastar os pensamentos não dando atenção a eles.
 
        Apenas relaxe. 

       Esfregue suas mãos uma contra a outra e lentamente vá afastando uma da outra, criando uma esfera de luz entre elas. Essa luz pode ser branca, rosa, verde, azul, lilás, amarela ou dourada. Vá afastando lentamente as mãos até formar uma esfera de mais ou menos 20 cm de diâmetro.

      Crie essa esfera concentrando-se profundamente nessa criação.
 
      Não perca a concentração, mas se perder, assim que perceber volte à esfera de luz.

        Quando essa esfera estiver bem formada, e com o tempo você sentirá sua materialidade entre suas mãos, imprima seu propósito. Este pode ser a cura, a harmonia, a paz, a proteção, ou outra missão. Lembre-se que você está criando um anjo de luz, um soldado da luz, e este terá uma missão que sera impressa por você. Você está criando um ser vivo, um elemental, com um trabalho específico, impresso por você.

      Assim que sentir essa luz bem forte, solte as mãos e encaminhe a luz para onde você quiser. Pode ser um enfermo, uma casa, sua casa, o planeta, enfim... O que você quiser ou precisar. Lentamente volte sua consciência à vigília, e tenha muita responsabilidade. Lembre-se sempre da grande Lei.


         Por Eunice Ferrari

domingo, 22 de janeiro de 2012

Chico Xavier fala sobre Mediunidade


     MEDIUNIDADE

   O que é desenvolver mediunidade no conceito de Emmanuel?

   Ele crê que desenvolvimento mediúnico deveria ser a nossa dedicação ao aperfeiçoamento pessoal para servirmos de intérpretes àqueles que habitam a vida espiritual e, ao mesmo tempo, começar muito cedo o trabalho na pauta da obediência e da fé de que todos carecemos perante as Leis de Deus.

    Que é mediunidade, no significado real de sua essência?

  Mediunidade, na essência, é afinidade, é sintonia, estabelecendo a possibilidade do intercâmbio espiritual entre as criaturas, que se identifiquem na mesma faixa de emoção e de pensamento.

    Como alcançar bom aprimoramento de potencial mediúnico?

    Reflitamos no assunto do ponto de vista da mediunidade em trabalho edificante. Que se aperfeiçoe o violino, e o artista encontrará nele as mais amplas facilidades de expressão. Sem cooperador habilitado, a tarefa surge deficiente. A mediunidade, em si, depende do médium.

    Diga-nos o que deve fazer, dentro de suas capacidades, um médium, para poder ser completo e útil ao Plano Espiritual?

   Devotamento ao Bem do próximo, sem a preocupação de vantagens pessoais - eis o primeiro requisito para que o medianeiro se torne sempre mais útil ao Plano Espiritual. Em seguida, quanto mais o médium se aprimore, através do estudo e do dever nobremente cumprido, mais valiosa se torna a execução de tarefas com os Instrutores da Vida Maior.

    Que é que pode ser mais prejudicial a um médium?

    O egoísmo que se fantasia de vaidade e orgulho, quando o medianeiro procura irrefletidamente antepor-se aos Mentores Espirituais que se valem dele. Ou o mesmo egoísmo, quando se veste de ociosidade ou de escrúpulo negativo, para fugir à prestação de serviço ao próximo.

   Qual a razão de algumas pessoas possuírem dons mediúnicos na Terra, desde o berço, e outras, após muito trabalho, é que conseguem conquistar alguns desses valores?

    Quando se trate de mediunidade em ação na cultura ou no progresso espiritual, a bagagem de recursos do medianeiro emerge das suas próprias aquisições de Espírito, efetuadas em existências pretéritas, outorgando-lhe a possibilidade de colaborar com mais eficiência ao lado de quantos pugnam, no Além, pelo aperfeiçoamento e a felicidade da comunidade humana.

  Como podemos entender o chamado "planejamento espiritual"?

    Mentalizemos o planejamento que antecede a formação de um núcleo populacional ou de uma família na Terra, com os recursos possíveis de previsão e teremos exatamente a idéia do que seja o "planejamento espiritual" para qualquer organização que proceda do Plano Espiritual para o Mundo Físico.

  Como encarar as diversas demonstrações mediúnicas existentes e praticadas fora da Doutrina Espírita?

    Os fenômenos medianímicos existiram em todos os tempos. E, em todos os distritos da atividade humana, continuam a existir. A Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo, esclarecendo mediunidade e médiuns para que as ocorrências mediúnicas edifiquem elevação e proveito em auxílio da Humanidade.

    Os "anjos de guarda", que são?

   Os bons Espíritos, benevolentes e sábios, mormente aqueles que se nos fazem familiares, se erigem, no Mais Além, à condição de mensageiro de apoio ou guardiães abnegados daqueles companheiros que ainda se vinculam à vida física.

  Quais são os principais sintomas, tanto físicos quanto psicológicos, que a pessoa apresenta para que diagnostique-se mediunidade acentuada?

   Os sintomas podem ser variados, de acordo com o tipo de mediunidade. Irritabilidade, sonolência sem motivo, dores sem diagnóstico definido, mau humor e choro inexplicável podem indicar necessidade de esclarecimento e estudo.

  O que acontece para uma pessoa que se recusa a desenvolver sua mediunidade, já que esta mediunidade pode ajudar muitas outras? Haverá algum castigo ou cobrança?

    Energias que não doamos podem ser fator de desequilíbrio em nossas vidas. Nossa consciência, em geral, nos cobra uma atitude perante as tarefas que nos cabem. Praticando o Bem em qualquer parte, estaremos colocando nossa mediunidade a serviço de todos. André Luiz afirma: "Todo Bem que não se faz é um mal que se pratica".

    Como saber distinguir efeitos mediúnicos de doença física? Por exemplo: as dores de cabeça e de estômago.

   A segurança em distinguir efeitos da mediunidade de sintomas de doenças físicas, só pode ser alcançada com a educação da própria mediunidade. O ideal é que inicialmente se procure um médico para certificar-se que o mal não é físico e, uma vez confirmada a inexistência de doença, deve-se procurar a orientação espiritual.

  Dentro da psicofonia, se um médium dá passividade constantemente para irmãozinhos sofredores, tristes e chorosos, isso significa que o médium não está com a sintonia elevada?

    Todo médium deve estar em equilíbrio para trabalhar num grupo mediúnico. Quando dá manifestação a Espíritos sofredores, pode lhes proporcionar alívio e paz. Existem médiuns que têm energias específicas para socorrer Espíritos suicidas, muito sofredores; essa é a missão dos médiuns de desobsessão. Não é, portanto, um desequilíbrio.

  Muitos candidatos à mediunidade nos aparecem, confessando, no entanto, sua predileção pelo vício de fumar. Que fazer nestes casos?

   Ponderam os Mentores da Vida Maior que o vício da utilização do fumo cotidianamente é considerado dos menores vícios da personalidade humana. Não obstante, qualquer candidato à mediunidade cristã deverá esforçar-se diariamente por superar suas próprias inibições, consciente de que o quadro de serviços redentores a que se candidata exigir-lhe-á renúncias e abnegações incessantes em favor do próximo. Dentro deste particular é que os Amigos Espirituais nos dizem que, principalmente nas tarefas de auxílio desobsessivo e nas tarefas de alívio aos doentes, é totalmente desaconselhável o hábito de fumar. Assim, sendo, os médiuns psicofônicos, os passistas e os de efeitos físicos fazem muito bem quando abandonam o cigarro.

   Muitos candidatos à mediunidade nos dizem que sofrem assédio de entidades infelizes e acabam desistindo do serviço mediúnico, justificando-se pelos impedimentos emocionais que carregam. Que dizer de semelhante situação?

    Curiosa esta pergunta, porque também passamos por esta experiência. Um ano antes de transferimos nossa residência de Pedro Leopoldo para a cidade de Uberaba, por volta do ano de 1959, uma crise alucinante de labirintite nos atacou. O desconforto que a doença causava, com aquele barulho característico, dentro do próprio crânio, nos alterou o estado emocional. Quase não conseguíamos a necessária concentração para a tarefa psicografia nas reuniões públicas do Centro Espírita Luiz Gonzaga. Estávamos intranqüilos. Quando aquele tormento atingiu seu ápice, procuramos nosso médico oftalmologista, na época o Dr. Hilton Rocha, de Belo Horizonte. Dissemos a ele:
 
     Dr. Hilton Rocha, eu já não agüento mais esta labirintite que me atazana. Este barulho incessante me tonteia e já não posso atender às minhas obrigações de psicografia com a tranqüilidade desejável. De modo que o senhor tem a minha autorização, caso esta labirintite for causada pela minha enfermidade dos olhos, para remover os meus globos oculares. E o senhor pode arrancar os meus olhos, por que eu preciso continuar trabalhando...
 
     O Dr. Hilton Rocha nos tranqüilizou dizendo que, de forma alguma, a labirintite era devida às nossas enfermidades oculares. Recomendou-nos paciência e disse-nos que tudo iria passar. De fato, quando instalamos em definitivo aqui em Uberaba a crise de labirintite passou. Recentemente, no entanto, a questão voltou, mais ou menos há uns dois anos, com grande intensidade. Desta vez não só ouvimos o barulho característico da labirintite, como também registramos a voz nítida dos espíritos inimigos da Causa Espírita-Cristã, perturbando-nos a tranqüilidade interior. Esta presença de espíritos infelizes, desde então, tem sido uma constante. Ouvimos-lhe diariamente os ataques à Mensagem Cristã e à Doutrina Espírita; as sugestões desagradáveis; as induções ao desequilíbrio; os sarcasmos em relação aos episódios por nós vividos no decorrer desta existência; as alusões ferinas às ocorrências menos dignas de nossos círculos doutrinários; as calúnias em relação a fatos conhecidos por nós; e até maledicências dirigidas ao nosso círculo de amizades. Tudo isto de forma tal que nos sentimos tolhidos na liberdade de pensar. Nossos Amigos Espirituais classificam este tipo de atuação como sendo PENSAMENTOS SONORIZADOS dos obsessores em nós mesmos. Dr. Bezerra de Menezes nos recomendou muita calma em relação ao assunto, incentivando-nos, inclusive, a conversar com estes irmãos infelizes pelo pensamento, mostrando-lhes o ângulo de visão que nos é próprio e rogando-lhes paciência e compreensão para as nossas atividades mediúnicas. Mesmo assim, apesar de estarmos tentando dialogar com estes espíritos, somente em 80% dos casos eles desistem do sinistro propósito de nos retardar as tarefas. Assim, ainda 20% deles continuam renitentes em seu desiderato infeliz. Outro dia mesmo recorremos à viligância de nosso mentor Emmanuel, e ele nos pediu mais paciência. Segundo a afirmativa dele, isto ainda duraria por algum tempo e em breve tudo voltaria ao normal.

     Em algumas reuniões identificamos discussões estéreis em torno de opiniões particulares e pontos de vista exclusivistas de determinados médiuns, que os conduzem, muitas vezes, ao afastamento do serviço, carregando no coração mágoas e desapontamento com a direção das reuniões e dos Centros Espíritas. Como devemos agir diante dos que se afastam das tarefas?

     O quadro de nossas responsabilidades diante da Mensagem Cristã do "Amai-vos uns aos outros" é tão vasto, os serviços ainda incompletos e as tarefas por realizar em nome do amor ao próximo se desdobram com tanta intensidade que, sinceramente, cabe-nos a solução de aproveitar o tempo disponível às nossas limitadas possibilidades, trabalhando e servindo sem cessar em nome do Bem geral. Não podemos nos dar ao luxo de correr atrás daqueles que abandonam o serviço espiritual, a pretexto de lhes oferecer explicações e homenagens. Isto porque nossas obrigações aí estão, exigindo-nos tempo e dedicação, e não podemos perder tempo. Se fulano ou ciclano considerou por bem abandonar as próprias obrigações espirituais, por este ou aquele melindre, que podemos nós fazer? Entreguemos-lhe, pela oração, à Bênção Misericordiosa de Deus, o Pai Amoroso de todos nós, e, por nossa vez, perseveremos no trabalho do Bem até o fim.

     Qual o obstáculo mais difícil a vencer na mediunidade?

  Os obstáculos mais difíceis ao desenvolvimento da mediunidade estão sempre em nós mesmos. Quando deixamos o trabalho mediúnico para entregar-nos a tipos de atividades inconvenientes, estamos habitualmente cedendo às tentações que ainda trazemos em nós mesmos, constantes das tendências inferiores que ainda remanescem dentro de nós, em nos referindo à herança pessoal que trazemos de existências passadas.

  Existirá, na opinião dos Amigos Espirituais, alguma correlação entre disritmia cerebral e mediunidade?

   Estamos na certeza de que no futuro dirá, do ponto de vista científico, que sim. A chamada disritmia cerebral, na maioria dos casos, funciona como sendo um implemento de fixação da onda mental do espírito comunicante; muitas vezes, também, essa mesma disritmia é um elemento importante no problema obsessivo. Achamo-nos aqui perante questões que o futuro nos mostrará em sua amplitude, com as chaves necessárias para a solução do problema.

    Qual a receita que o Sr. apontaria contra o animismo?

    Aprendi com o nosso abnegado Emmanuel que o médium é também um Espírito necessitado de socorro e de orientação. Desse modo, se o chamado animismo aparece em determinado grupo, devemos atender ao companheiro ou à companheira, envolvidos no assunto, com o mesmo carinho e atenção que dispensamos comumente ao Espírito desencarnado, quando no intercâmbio conosco.

   O desenvolvimento da mediunidade se processa mais na corrente mediúnica ou nas ações, palavras e pensamentos de todos os minutos do médium?

    O desenvolvimento da sublimação mediúnica permanece na corrente dos pensamentos, palavras e atos do medianeiro da vida espiritual, quando ajustado ao ministério de fraternidade e luz que a sua tarefa implica em si mesma.

   A tese da mediunidade inconsciente estará sendo estudada e observada com consciência pela totalidade dos médiuns que se apregoam portadores de tal mediunidade? Cabe-nos significar-lhes nossas dúvidas ou aguardar o Tempo?

    Na esfera do medíunismo, há realmente incógnitas que só o esforço paciente de nossos trabalhos conjugados no tempo conseguirá solucionar. Incentivemos o estudo e o auxílio, dentro da solidariedade cristã, e, gradativamente, diminuiremos as múltiplas arestas que ainda impedem a nossa sintonia na execução dos serviços a que fomos chamados, porquanto, o problema não deve ser examinado unilateralmente, reconhecendo-se que o serviço é de nossa responsabilidade coletiva nos círculos doutrinais.

   Sendo verdade que o "clima" mental do médium atrai Espíritos condizentes, bons ou maus, como agiremos diante dos médiuns que se dizem inconscientes e que dão comunicações alternadas e seguidas?

   O médium não deve perder de vista a disciplina de si próprio. A ordem é atestado de elevação.

   Dons mediúnicos pronunciados, como por exemplo, o da vidência espiritual, que tantas pessoas anseiam e se esforçam por possuir, sob certas circunstâncias de ordem material, não significariam uma desvantagem ou, pelo menos, um transcendente compromisso para essas pessoas?

  Dons mediúnicos não representam desvantagens, mas envolvem os compromissos e as responsabilidades que lhes são conseqüentes. Os candidatos ao trabalho mediúnico, junto das criaturas humanas, precisam refletir com segurança e discernimento antes de abraçá-lo, conscientes de que se encontram diante de um dos mais sérios compromissos espirituais da vida.

   Quando um médium pode saber se realmente tem um compromisso mediúnico e que compromisso lhe traz essa mediunidade?

   Através de sua predisposição. A mediunidade induz o indivíduo a uma posição consciente perante a vida desde que esta seja pautada em linhas de equilíbrio moral. Então, ele passa a receber intuições vigorosas que o impelem a atitudes positivas em relação ao próximo. Aparece de início, como lampejo de um ideal, como reminiscência de tarefas que ficaram interrompidas ou como uma verdadeira impulsão para realizar determinados compromissos em benefício da criatura humana. À medida que mergulha no mundo interior, desdobram-se as possibilidades e os Espíritos o conduzem a que execute a tarefa que, aos poucos, lhe vai sendo inspirada e conduzida. A mediunidade é uma faculdade para-normal, e todos podemos experimentar fenômenos que não são habituais, não comuns. Quando estes fenômenos especiais transcendem o habitual, refletem características de mediunidade, tais como: percepção de presença, visões e audições psíquicas, que seriam denominadas como alucinações psicológicas por psiquiatras desconhecedores da mediunidade...

  Que dizer dos processos empregados atualmente pela maioria dos Centros, no que diz respeito ao desenvolvimento mediúnico? Como desenvolver médiuns?

   Examinar as diretrizes das instituições não será trabalho compatível com as nossas responsabilidades singelas. Cada grupo doutrinário é a resultante dos propósitos e atividades dos seus componentes. Resumindo-se, porém, os programas do Espiritismo Evangélico, na sementeira do amor e da educação nos moldes que Jesus nos legou, acreditamos não encontrar outro código mais elevado para os serviços do nosso ideal, além do Evangelho sentido e vivido, nos diversos setores da experiência que nos é comum, código esse que deve presidir também não só o desenvolvimento dos médiuns, mas o processo espiritual de todos os doutrinadores e companheiros em geral.

    Fontes: 
Questão 1, do livro Kardec Prossegue - Editora UNIÂO. 
Questão 2, do livro Novo Mundo - Editora IDEAL. 
Questões 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13, do livro "Plantão de Respostas - Editora CEU.
Questões 14, 15 e 16, do Jornal "O Espírita Mineiro" - n 217.
Questões 17, 19, 20, 21, 22, 23, 24 e 25, do livro "Encontros no Tempo" - Editora IDE.
Questão 18, do livro "Chico Xavier, em Goiânia" - Editora GEEM.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/chico_ler_perguntas.php?id=5
(Publicado em 09/01/2007)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Hoje é Dia de Oxóssi - Hoje é Dia de São Sebastião - Dia 20 de Janeiro - Okê Caboclo!

  
    Muitos são os devotos se SÃO SEBASTIÃO no Brasil. Multidões o aclamam e o veneram no dia 20 de janeiro (dedicado em sua homenagem). Porém, poucos conhecem de fato a sua verdadeira história.

     São Sebastião nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo materno, desde criança São Sebastião sempre se mostrou forte e piedoso na fé.

    Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador, que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma naquele tempo. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, que receberiam a coroa de glória no céu. 
      
        Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos.

    O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte. 
       
       À noite, Irene, mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado. 
    
     Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma. 
    
     Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas. Entretanto, tal epidemia simplesmente desapareceu a partir do momento da transladação dos restos mortais desse mártir, que passou a ser venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra. 
    
    As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo. São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o tem como padroeiro, entre elas, o Rio de Janeiro .

        Fonte de Pesquisa:
         – Encyclopédia Universal Ilustrada Europeo-Americana, pp. 1262 –1265          

         – Encyclopédia e Dicionário Internacional, p. 10486 


Oração a São Sebastião

Glorioso mártir São Sebastião,
soldado de Cristo
e exemplo de cristão,
hoje vimos pedir
a vossa intercessão
junto ao trono do Senhor Jesus,
nosso Salvador,
por Quem destes a vida.
Vós que vivestes a fé
e perseverastes até o fim,
pedi a Jesus por nós
para que sejamos
testemunhas do amor de Deus.
Vós que esperastes com firmeza
nas palavras de Jesus,
pedi-Lhe por nós,
para que aumente
a nossa esperança na ressurreição.
Vós que vivestes a caridade
para com os irmãos,
pedi a Jesus para que aumente
o nosso amor para com todos.
Enfim, glorioso mártir São Sebastião,
protegei-nos contra a peste,
a fome e a guerra;
defendei as nossas plantações
e os nossos rebanhos,
que são dons de Deus para o nosso bem
e para o bem de todos.
E defendei-nos do pecado,
que é o maior
de todos os males.
Assim seja.


São Sebastião na Umbanda é Oxóssi

    Na Umbanda, Oxóssi é um dos principais Orixás, responsável por uma Linha que abrange caboclos e caboclas no sentido estrito (índios que usam cocares) relacionadas a conselhos sobre cura física ou espiritual. Às vezes é personificado na figura do Caboclo, isto é, do índio, ostentando um cocar e portando arco e flecha. Sua cor é o verde.

        Oxóssi ou Odé manifesta-se, no plano físico, através da fauna e flora do planeta. É o pulmão do universo. Além de exercer domínio sobre todos os elementos da floresta, manipula os valores medicinais e mágicos das plantas, das quais se utiliza para efetuar limpeza vibratória, material e espiritual, dos que dele se socorrem. Domina a força vital cósmica existente na seiva das plantas, aproveitando-se de suas emanações fluídicas para banhos e defumações destinados a descarregar as energias nocivas e equilibrar as forças energéticas do homem. 
     
     Oxossi é o orixá masculino iorubá responsável pela fundamental atividade da caça. Por isso, na África é também cultuado como Odé, que significa caçador. É tradicionalmente associado à Lua e, por conseguinte, à noite, melhor momento para a caça. 
     
     Comparece no plano emocional dos humanos com acentuada característica de afetividade, cooperação, companheirismo, certo grau de aventura e franca liberalidade. Seus “filhos de cabeça” dão ótimos artistas, seja qual for o segmento da arte escolhido, em virtude da latente sensibilidade e inteligência. No plano mental, descortinam inventos, sistemas e estilos engenhosos, admiráveis, de quase impossível enquadramento lógico ou sensata previsão de solução ou acabamento do problema, fruto de sua capacidade intuitiva. 
       
       Geralmente, os filhos de Oxóssi asseguram que não existe protetor mais constante. 
       
       Os festejos dedicados a Oxóssi são muito concorridos por diversos motivos entre os quais destacamos o início do ano religioso, a própria comemoração em que há uma natural e contagiante alegria, com o Templo enfeitado onde se destaca a cor verde, o chão do terreiro coberto de folhas, e galhos de árvores presos à parede recendendo um perfume silvestre. Na mesa, vários cestos ou alguidares cheios de frutas diversas - que serão distribuídas generosamente aos participantes e assistentes. 
     
     As entidades que pertencem à sua falange apresentam-se como caboclos e caboclas. Possuem uma manifestação altiva e emitem vibrações fortes e firmes.

       Sincretismo: São Sebastião 
     
      Sua Guia (Fio de Conta): Suas guias são feitas geralmente com contas verdes e brancas, e em alguns casos, dentes de animais. 
     
     Sua Bebida: Vinho tinto, garapas e sumo de ervas em geral. 
     
     Sua Comida: Frutas não cítricas, milho, raízes, feijão fradinho torrado. 
    
    Suas ervas: Alfavaca do campo, jureminha, caiçara, arruda, abre caminho, malva rosa, capeba, peregum, taioba, sabugueiro, jurema, capim limão, acácia, cipó caboclo, goiabeira, erva de passarinho, guaco, guiné, malva do campo, são gonçalinho, Louro, cabelo de milho, eucalipto, manjericão, samambai.

        Velas: Verde, branca 
       
        Símbolo: Arco e flecha 
        
        Data da comemoração: 20 de janeiro 
        
        Dia da Semana: Quinta-feira
        
        Número: 6 
     
     Saudação: Oxóssi ê meu pai!; ou Okê Arô! - de OKÊ (monte) e AROU (título honroso dado aos caçadores). Significa: “Salve o Grande Caçador!” 
         
        Ponto de Força Vibracional: matas.
      
       Oxóssi é a Natureza, especificamente nas matas e no reino animal. É o conhecedor das ervas e o grande curador. É a essência da nossa vida. 
    
       É o Caçador das Almas da Umbanda e como caçador procura arrebanhar Almas desgarradas para futuramente formar um só rebanho. É o Senhor da Doutrina, aquele que atinge o coração e a inteligência das Almas envoltas em suas vibrações.
   
      Em caráter hierático, Oxossi lembra-nos o MÉDICO, DOUTRINADOR E PASTOR DAS ALMAS. Cura chagas, ensinando a substituição do ódio pelo amor, da luta pela trégua, da insubmissão pela submissão às Leis Divinas. 
      
       É o CAÇADOR DAS ALMAS, o orientador, aquela que mostra o caminho a ser seguido pela humanidade. Modificando inteligências e consciências, atuando na mente e no coração. Essa é a função hierática ou kármica de Oxossi.
   
          Estes protetores atuam manipulando as ervas sagradas, liberando as mazelas que se assentam no corpo astral e mesmo as que se assentam no corpo físico, através das doenças. Liberam as energias mentais pesadas e grosseiras, ativando o intelecto de muitos Filhos de Fé. São mestres na Arte da Magia Vegetal, manipulando quantitativa e qualitativamente o prana acumulado nas ervas, quer sejam elas administradas em chás, banhos ou defumações. 
   
     Assim trabalha a Linha de Oxossi, incrementando o bem-estar astral e físico, livrando muitos Filhos de Fé do Desanimo e da Doença. 
   
      Seu filho tem um tipo calmo, amoroso, encantador, preocupado com todos os problemas. Um grande conselheiro pelo seu gênio alegre, muito embora com forte tendência à solidão. Incapaz de negar qualquer ajuda à alguém, sabe, como poucos, organizar o caminho para as soluções complicadas. Com respeito à sua própria organização familiar, é muito apegado as suas coisas e à sua família, à qual dedica atenção total no sentido de provê-la e encaminhá-la. Diante as dificuldades próprias é muito hesitante, mas acaba vencendo, sustentado pelo seu interior alegre e otimista. É carente. Não assume o problemas dos outros, mas fica lado a lado ajudando-os. Ama a Liberdade e a Natureza. O mato, as águas, os bichos , as estrelas, o sol e a lua, são a bússola de sua vida. Não discute a fé. Acredita e é fiel seguidor da religião que escolheu. Não é ciumento e muito menos rancoroso. Quando atacado custa revidar. Quando o faz se torna perigoso. É, neste particular, ladino como os índios. Pisa macio, mas é certeiro. Tem um gosto refinado. Gosta das coisas boas, veste-se bem e cuidadosamente.
     
       O filho de Oxóssi é talvez o mais equilibrado. Para que sua vida melhore, deve despertar aquele gigante que habita sua essência, o que o tornaria mais disposto a encarar as suas próprias dificuldades. 
    
     Oxóssi é o senhor absoluto das florestas, prados e cerrados, matas e campos, onde floresce e reverdece a natureza fecunda, pulmões plenos de terra que tem a virtude de trazer o alimento vital, produto que é da seara: oxigênio puro do ar, além de todos os gases do cosmo.



       Okê Caboclo, Okê Arô Oxóssi!
 

Oremos:
Meu Pai Oxóssi!

Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia, para curar de nossos males!

Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária para suportarmos as dificuldades a serem superadas!

Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.
Dai-nos paciência para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!

Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!

Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matéria, não há cura!

Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!

Assim Seja!

Ouça os Pontos da Linha de Esquerda da Umbanda

A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

Caboclo Índio Tupinambá

Caboclo Índio Tupinambá
"...Onde quer que Você esteja... meu Menino... Estarei Sempre com Você... Anauê!"

Luz Crística

Pense Nisso...

"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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